O treinador rubro-negro mostrou preocupação em relação às possíveis contratações do Fla para a temporada. Até agora, apenas o volante Fernando, ex-Goiás, foi anunciado e apresentado. Além dele, há uma negociação com o atacante Vagner Love (assista ao vídeo), que deve deixar o Palmeiras, e a necessidade de mais um meia.
- Não é simples montar uma equipe até pela carência de jogadores. É dificil encontrar um camisa 10 no nível do Pet. Tentamos o Marquinhos, mas ele foi para o Santos. A diretoria está pensando em nomes para este setor. Temos alguns em pauta, mas evitamos divulgar para não acabar ajudando a reforçar outras equipes - disse.
Sobre uma possível acerto com Love, que seria o novo companheiro de Adriano, Andrade diz que a dupla de ataque passaria a ser uma das melhores do Brasil. Porém, isso mudaria o jeito de o Flamengo jogar no meio-campo.
- São dois jogadores que dariam muito trabalho para as defesas. Mas, teríamos que mudar a nossa forma de jogar no meio, já que o Love é um atacante de área, e não tem a mesma vocação do Zé Roberto.
Andrade disse ainda que é a hora de dar oportunidades para jogadores que estão no elenco. Ele citou o volante Kleberson (assista ao vídeo), que ficou boa parte do Brasileirão lesionado, e o atacante Gil, contratado na reta final.
- Com saída do Aírton (negociado com o Benfica) e do Maldonado (lesionado), cabe a Kleberson segurar essa posição. Ele é um grande jogador, como sabemos, e com certeza, ele vai saber fazer essa função. Temos algumas variações a testar e vamos tentar acertar neste inicio do ano. Temos o Gil, que é experiente, o Vinicius Pacheco, que foi criado na base, e o Obina, que voltou e até pode formar um ataque com o Adriano. Na teoria, eles ocupam a mesma parte do campo. Mas, na prática, pode ser diferente - disse.
Perguntado sobre que peças ainda faltam para o Flamengo, Andrade disse que ainda precisa de uma para cada setor do campo (assista ao vídeo abaixo).
- Falta um atacante, que pode ser o Vagner Love. E se não for, tem que ser um que saiba jogar pela lateral do campo; um meia para o lugar do Pet; um lateral, já que só temos o Juan pela esquerda; e talvez mais um zagueiro com experiência para fechar este grupo.
Torcida impulsiona valor da marca Flamengo
Não adianta perguntar para um torcedor o valor do seu clube. É provável que a resposta seja "não tem preço". Mas paixão e glórias também se medem por cifras. Um estudo da Crowe Horwath RCS, divulgado pelo jornal "O Estado de S. Paulo", aponta o potencial de mercado das principais marcas do futebol brasileiro. Ainda que longe das assustadoras cifras dos europeus, três brasileiros se apresentam como grandes potências.
Líderes em popularidade, Flamengo, Corinthians e São Paulo são os mais valiosos do Brasil. Cada um vale mais de meio bilhão de reais, segundo a pesquisa. Os números são significativos para o mercado interno - Flamengo e Corinthians valem, por exemplo, mais do que o somatório de Atlético-MG, Botafogo, Fluminense, Vasco e Santos. Mas, em comparação com o cenário internacional, o futebol brasileiro ainda deixa a desejar. O Manchester United, clube com a marca mais valiosa do mundo, é cotado a R$ 3.204 bilhões.
O levantamento levou em consideração os 12 clubes de maior torcida e o número de títulos de cada um deles entre 1971 (início do Campeonato Brasileiro) e 2009. Os avaliados são os quatro grandes de São Paulo, os quatro do Rio, dois de Minas Gerais e os dois do Rio Grande do Sul.
De acordo com o estudo, a evolução nas receitas dos clubes entre 2003 e 2008 foi de 115%. As que apresentaram maior crescimento foram a exploração do marketing e a venda de ingressos. Para chegar aos números finais, foram usadas informações como os dados financeiros, perfil e hábito dos torcedores, marketing e mercado nacional e local. O resultado é baseado em marketing, estádio, sócios e mídia.
Para o futuro, essa arrecadação pode ser ainda maior. Hoje, as marcas dos doze principais clubes valem R$ 1,9 bilhão. Daqui a quatro anos, após a Copa de 2014, o número pode chegar a R$ 3,4 bilhões.
Já de olho no Mundial, o São Paulo espera manter, com seu estádio, a força que o projeta hoje como o terceiro da lista. O Tricolor se aproxima dos líderes graças a uma evolução de 234% em bilheteria e 93% em marketing.